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Sáb 19 Abr 2014, 9:15 pm
 Ilha à Vista!

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Dez anos se passaram desde a última vez que Hzymitsu e Diana foram vistos juntos. Após uma série de aventuras que se tornaram mundialmente famosa, Díana acabou por não aguentar a desolação que a distância pode trazer a uma mãe e, conjurada pela saudade, faleceu no Oceano que tanto lutou para conquistar. Foi a dez anos atrás, mas até hoje o seu funeral é um dos mais recordado pela população. Centenas de piratas reuniram-se nessa madrugada, até mesmo os 4 imperadores estavam reunidos. Em união, piratas e revolucionários celebraram pela primeira vez em uníssono a oração que daria passagem a libertação da jovem Diana.
Desde a morte de Diana que o revolucionário todos os anos saia do seu esconderijo e aparecia, como se nada fosse, em Ohara, sempre na mesma altura do ano, no mesmo mês e na mesma semana. Rumores diziam que ia visitar o seu único tesouro, fruto daquele amor quente. Mas apenas alguns sabiam o seu verdadeiro motivo em lá ir. Ainda hoje, Ciel tem os mesmos sonhos. São sempre dois. Um dos quais está uma linda mulher a abraçar um bebé, ambos de cabelo azulado. E outro onde um homem de longo cabelo azulado, ergue aos céus o mesmo bebé.

Hoje não era excepção, mesmo estando num pequeno bote salva-vidas em pleno oceano, o pequeno garotinho consegue dormir. Não tão bem como se estivesse em sua cama, fofa e quentinha, por de baixo do calor dos lençóis. Os olhos azulados abriram-se muito lentamente ao terem o vislumbre solar a incidir-lhes. Com um grande bocejo e um erguer mecanizado dos braços, Hzy espreguiçou-se e pôs-se de pé na pequena embarcação.


- UAU! Que bela vista!  Mas que estranho, é a primeira vez que encontro uma ilha só com árvores!  

O pequeno garoto apressou-se em pegar no bar de remos e a remar em direcção a costa da ilha. Ou muito estou errado, ou o pequenote chegara  na parte traseira da ilha, por isso talvez a falta de construções e traços humanistas. Levaria pouco tempo, provavelmente para chegar a ilha, mas quando chegasse teria suas pequeninas mãozinhas brancas enrugadas e vermelhas por causa da força que tinha que fazer ao mergulhar os remos e empurrar a água. Não era a primeira vez que fazia aquilo, mas também não era nenhum profissional, era apenas a sua segunda vez manuseando os remos.

- Vamos lá! F-O-R-Ç-A-! 1... 2... 1... 2... 1... 2... UFF!  

 Enquanto se esforçava no trabalho de braços, sua barriguinha implorava por comida fazendo um grande e incómodo barulho. Também os seus lábios, um pouco secos, pediam por algumas gotas de água. Mesmo naquela situação, tendo o próprio corpo contra si, o seu espírito mantinha-se inquebrável, o brilho dos seus olhos tão sinceros e preciosos como safiras e o seu sorriso autênticas esmeraldas.  O garoto esperava chegar na ilha, da qual desconhecia o nome e pensara ser inabitada, para comer alguma coisa.

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Dom 20 Abr 2014, 2:26 am

The Journey of a Child!

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12h40min, começo de tarde com bastante nuvens nos céus.


Fazia um belo dia em Hohle. No porto navios chegavam carregando bebidas e comidas, armaduras e afins. Os cidadãos circulavam pela cidade, outros simplesmente aproveitavam o final da manhã. Não era uma cidade pobre, e nem rica, pode se dizer que não havia ganância nos corações caçadores dali. O rei negociava uma integração de moradores de uma ilha próxima em sua cidade e tudo corria bem naquele enorme galeão escarlate. Os mercadores, alegres e sem um espírito de concorrência, mas sim de companheirismo, brincavam uns com os outros, trocando ofensas amigáveis sobre a mercadoria um dos outros.
O pequeno bote de Ciel chegava de surpresa pelas laterais da ilha, por sorte ou azar só o futuro que o aguardava diria, porém o perspicaz vigia do posto para o qual a criança se dirigia percebera o esforço do garoto em remar para a praia e não poupou esforços em cumprir seu trabalho. Atirou com um revólver para os céus, uma fumaça avermelhada cruzou a distância entre a enorme casa na árvore onde encontrava-se e as nuvens. Sabia que a criança provavelmente não representava grande ameaça, então desceu a escadaria de madeira que rodopiava o tronco sem pressa. Parou na praia e esperou que o pequenino de cabelos azulados se aproximasse. Dado alguns minutos, indagou em voz alta — Quem é você e o que quer em Hohle, pequeno? Era um rapaz alto, elegante e com um sotaque forte, do norte talvez. Apoiava o corpo sobre a perna esquerda, suas mãos nas cinturas, usava uma boina que continha o volume do cabeço. Enquanto encarava de cima a baixo o garoto um homem montado num tigre gigante emergiu da floresta. Era loiro, forte e tinha olhos claros, usava um boné, carregava no pescoço uma cruz e tinha em mãos um bloco de notas junto de uma pena de escrever.

Imagem do Vigia:

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Dom 20 Abr 2014, 3:41 am
 Primeiros Passos!

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Estava a poucos metros da costa, mas ainda assim podia sentir o chamado do mar implorando-o para permanecer ali, dentro daquele pequeno bote castanho, tão pequeno que nem habitações tinha, apenas um banquinho para se sentar e remar. Talvez delirava devia a falta de água ou a fome, mas conseguia ouvir a voz do oceano a dizer-lhe "Fica!". O oceano tinha uma voz rouca e grave, muito encantadora para seus ouvidos. Todavia, mesmo o oceano pedindo para que ficasse, o garoto não parou de mexer as suas pequenas mãozinhas em direcção à ilha.

-  Cantemos, oceano! Cantemos! Hahaha!

Maluco pela insolação, o menino falava com ninguém e gracejava. Então, enquanto remava lentamente e sem pressas, movia os lábios e cantava alegremente a famosa canção do mar, cantiga inventada pelos marinheiros de algumas décadas atrás. Algumas pessoas poderiam estranhar, mas para Ciel era normal, sempre aprendera que todos, fossem piratas, caçadores, revolucionários ou marinheiros, todos estavam certos do seu lado, e todos faziam o seu melhor para manter a sua ideologia, o que tornava-os a todos BONS.

Com a praia a vista a cada remada, Ciel estranhou ver uma silhueta humana imóvel na mesma. Um pouco mais apressado, remou com mais força e convicção para conhecer aquele que o esperava. Não demorou muito para que o barco afundasse na areia branca e brilhante. Descalço, como sempre, pulou para fora do barco em grande alegria e enterrou os seus dedos na areia molhada e berrou esticando os braços no ar.

- Cheguei!! Hihi!

Além de estar descalçado, o garoto trazia as suas vestes habituais. Uns calções estranhos e leves, um pano envolto à cintura a fazer de cinto, um colete, uma atadura envolvida ao peito para o esconder, um gorro estranho a cabeça e um pau às costas. Por sorte o clima estava quente, caso contrário sofreria bastante com o frio.
Um pouco mais atento, reparou que estava na presença de um homem de quase meia idade. Um estranho. Mantendo a distância do homem, cumprimentou-o curvando ligeiramente as costas e logo o olhando nos olhos esclareceu.

- O meu nome é Ciel Del Solo Hzy! Venho de Ohara, senhor! Como pode ver, naveguei nesse maravilhoso e incrível oceano com aquele barcão! HaHa! E por azar, perdi a minha bússola e não faço ideia donde esteja!

Mesmo estado numa situação aparentemente delicada, Ciel não conseguia deixar de sorrir, estava tão alegre e não sabia se era porque o dia estava tão belo ou porque uma nova aventura iria começar. Seja como for, o seu estômago interromperia a conversa entre ele e o homem, fazendo um enorme barulho. Sinal de que tinha fome e sede. Também, agora um pouco mais calmo, sentiria as mãos doridas e vermelhas, devido aos remos de madeira e a força que tivera que impor para chegar à praia. O garoto estava tão distraído que sequer reparara na presença de uma outra pessoa juntamente de uma besta.

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Dom 20 Abr 2014, 7:20 pm

The Journey of a Child!

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Começo de tarde com bastante nuvens nos céus.

O homem que chegou pouco depois de Ciel desmontou de seu tigre e caminhou com passos firmes até o vigia. Tinha olhos verdes penetrantes, sua expressão severa caía sobre a criança enquanto esta respondia o que lhe foi perguntado. O outro, que inicialmente questionou a identidade do menino, agora falava com o loiro. — Então Ed, o que eu faço com o garoto? — Indagou e gesticulou ao mesmo tempo, aquele que atendia por Ed anotou algo em sua caderneta e mostrou ao companheiro, que rapidamente questionou — Como assim!? Não posso abandonar o posto por conta de uma criança! — Mais anotações na caderneta, Ed permanecia inexpressivo e analisava o menino de cima a baixo. — Tudo bem... Volto num instante. — A última anotação parecia ter conformado o rapaz, que subiu correndo na casa da árvore e de lá saltou com duas mochilas. O loiro acenou para Ciel e voltou ao tigre que o aguardava sentado na areia, montou e sumiu na floresta. — Eu me chamo Ricky, irei levá-lo até a cidade mais próxima. Pegue, tem comida, água, roupas limpas e alguns suprimentos que iremos precisar, em dois dias chegaremos. — Dito isso, conferiu o conteúdo da pequena mochila e jogou aos pés de Ciel. Começou a andar na direção da floresta gesticulando para que a criança o seguisse.

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Imagem de Ricky:



 
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Dom 20 Abr 2014, 10:00 pm
 Primeiros Passos!

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Ciel finalmente notara a presença de uma outra pessoa ali. Era um homem, também ele alto, de cabelo loiro como o sol. Vinha montado numa besta. Ao ver aquilo o garoto não conseguiu controlar-se e pôs no rosto uma expressão de choque e admiração. Era incrível que alguém conseguisse montar uma fera daquelas. Era a primeira vez que vira alguém sentado em cima de um animal, pelo menos era a primeira vez que via tal coisa sem ser no papiro, desenhado.

Os dois homens pareciam discutir, mas o garoto sequer ligara a situação, na verdade, estava totalmente despreocupado, como seria de se esperar de uma criança. Enquanto discutiam os seus assuntos privados, Ciel, agachado de joelhos no chão e com as mãos em covinha, cavava na areia. Não fazia um buraco ou coisa parecida, limitava-se a construir o maior castelo de areia de sempre, com conchas e tudo!

- Agora um pouquinho de algas aqui e ....  PRONTO!

Disse em voz alta, erguendo-se num pulo e limpando as mãos uma na outra, como quem dizia - "Serviço terminado!".
 Agora que observava bem, parecia que os dois adultos tinham terminado de falar.  Ao fundo o loiro acenava para o garoto. Com um sorriso no rosto, levantou o braço e retribuiu o aceno. Depois viu-o desaparecer na floresta montado no tigre gigante.

Ricky, como se chamava o homem que esperara pelo menino na praia desde o começo, trazia consigo duas mochilas com muita tralha dentro, itens básicos de viagem, provavelmente.

- Dois dias!! UOU! Isso quer disser que esta ilha é realmente grande!!

Surpreso, Ciel até mesmo acrescentou ao "grande" o movimento de seus braços, os esticando ao máximo, cada um para o seu lado.
 Seria uma viagem muito longa, mas o garoto estava preparado e contente por poder aventurar-se.  Abrindo a mala dada por Ricky, Ciel bebeu finalmente um grande golo de água, deixando até mesmo alguma escapar-lhe pelo rosto. Estava fresco, finalmente. Tinha recuperado a cor rosada e a fofura dos lábios. Com a sede assassinada, agarrou na mochila e pôs-a nas costas, retirando o seu Drem Rod da mesma e o levando na mão, servindo-se dele como uma bengala.  Fome já não tinha muita, toda aquela diversão ocupara o seu estômago com ansiedade e nervosismo, as famosas borboletas que todos temos quando realmente contentes.

- Ri-Sama, você também tem um tigre para montarmos?

Correndo para junto do homem, perguntou o garoto desejoso que a resposta fosse  um simples e redondo sim. Porém, mesmo que Ri-sama, como acabara de chamar a Ricky, não tivesse um animal para montar, o garoto não ficaria triste, pois caminhar era uma das suas coisas preferidas na vida. De tal forma que até já estava habituado a andar descalço.
 

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Seg 21 Abr 2014, 3:24 pm

The Journey of a Child!

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Ar úmido e fresco, sensação térmica 26ºc.

As cigarras inciaram um réquiem ameno quando duas árvores, uma ao lado da outra, que serviam de portais tiveram suas sombras cruzadas pelo passo dos viajantes. Por dezenas e dezenas de metros, à esquerda, uma grande camada de arbustos de camélia sinalizava a estrada apagada pela grama, agora já grande o suficiente para mergulhar os pezinhos da criança. Árvores grossas e altas alojavam-se na direita dos rapazes, com raízes expostas e buracos no caule servindo de abrigo a bandos felizes de suricatos de dupla cauda. Curiosos estes quais colocavam suas cabecinhas na suposta janela de seus lares, tão raro era a presença de humanos por aquelas bandas que num ato de audácia, um casal dos mamíferos subira em Ciel para cheirar-lhe por completo. O lugar era inteiramente sombreado, poucos os feixes de luz que eram capazes de atravessar a copa e iluminar inteiramente um território. Ainda assim o lugar exalava tranquilidade e sonolência, um cheiro de suculentas frutas caracterizava o ar, mesmo não podendo ser visto, um riacho deixava também seu registro através do som corrente das águas. Por respeito ou medo, todo ser vivo ali mantinha-se escondido até que Ricky passasse, só depois revelava sua identidade, acenando como quem diz "Boa jornada garotos!".

— Um tigre? Hahahaha, infelizmente não. Ed tem algum tipo de talento com bestas, o tigre só estava dando-lhe uma carona. Ele, há bastante tempo, foi um grande caçador de recompensas, porém não daqueles que realizam assassinatos ou furtam objetos preciosos. Era do tipo que realizava expedições em florestas como essa aqui, batalhava arduamente contra criaturas bestiais, até que... Bom, eu não sou fã de feras grandes como um tigre, contudo tenho alguns companheiros também. — Ricky estava se sentindo confortável com a presença da criança e não podia deixar de sorrir e gesticular animadamente enquanto falava, não estava habituado com visitas, portanto sempre que tinha uma falava sem parar. Preferiu cortar certo assunto e não soube disfarçar tão bem assim, colocou as mãos no bolso do colete que trajava por cima de sua camiseta e puxou algo, alguém, pela cauda. Um ratinho branco, olhos vermelhos como o sangue e patas, nariz e rabo de um salmão claro. — Este é Arthur. — revelou, entregando o camundongo esbaforido nas mãos do parceiro de viagem. Esta rumava sem pressa para seu destino, os passos curtos do guia demonstravam preocupação com as limitações do pequeno Hzy e naquele ritmo pretendia manter-se.


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Seg 21 Abr 2014, 5:36 pm
 Bosque das Maravilhas!

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Ciel, o pequeno ohariano, caminhava lado a lado de Ricky, um homem que acabara de conhecer. Ambos seguiam um trilho que atravessava uma densa floresta. Densa e mágica. Foi só passar pelas duas colossais árvores que sentiu o encantamento da floresta. Deixando-se levar pelo cantar das cigarras e pelo sussurro da leve brisa, o garotinho correu alguns metros à frente do seu guia, sem o esperar. Parando depois, indeciso, sem saber para onde olhar.  Se parasse e escutasse em silêncio, conseguia ouvir o murmurinho da água a correr, prova de que havia um rio ou um riacho por ali perto. Para melhor se movimentar, sem empecilhos, guardou o Drem Rod na mochila que levava. Tornando as mãos disponíveis para tocar nos troncos ásperos das árvores ou para colher algumas plantas e fazer um buquê de flores e depois, deixá-lo pendurado aos pés de uma árvore a enfeitar a doca de algum animal.

As árvores eram tão altas... as suas copas tão preenchidas de vida que era como se o céu estivesse pintado de verde. Apenas pequenos feixos solar conseguia penetrar as folhas e chegar-lhe até a face.  O chão, um autêntico tapete verde e fofinho, onde o seus pés podiam repousar e sentirem-se confortáveis.   Alegre, mal conseguia manter-se parado, o seu coração bombeava tanto que suas bochechas estavam coradas de felicidade, os olhos, cristais oceânicos que pisavam a terra pela primeira vez e se espantavam com tanta beleza.

Com medo de ser chamado a atenção, o garoto voltou rapidamente para junto do homem, seguindo-o um pouco de trás, apesar de ir ao lado dele. Enquanto que Ricky talvez caminhava olhando em frente, Hzy não sabia para onde olhar. Tinha tanta coisa ali para ver, tocar, sentir e respirar....   O fantástico aconteceu minutos depois de adentrar no bosque.  Curioso, o menino parou por alguns segundos para observar os mamíferos que espreitavam-no nos buracos das árvores.

- Anda cá pequenote... vem, eu não te mordo!

De cocas, com uma mão no joelho e outra esticada em concha, chamava os bichinhos como se chama um cão. Por sorte, as criaturas não eram nada tímidas e correram na sua direcção, vindo mesmo a subir-lhe pelos braços acima e a brincar-lhe com os cabelos.

- Haha! São tão engraçados! HahAHA!

O seu sorriso era genuíno e brilhante, até os olhos brilhavam de alegria. Vendo que o seu guia já ia longe despediu-se dos ratinhos e correu em direcção ao adulto. Caminhando agora ao seu lado de mãos dadas por de trás das costas e caminhando em passos longos e saltitantes, com as costas ligeiramente inclinada para a frente, olhando para cima, para a face do homem.

Ouvia as palavras que saiam da boca de Ricky. Pela forma que falava, Ciel pode perceber que a relação dos dois homens era bem especial e forte. E por momentos desligou-se daquele mundo e pôs-se a pensar - "Será que algum dia terei uma ligação tão forte com alguém?" - Mas rapidamente regressou ao mundo real e continuou a ouvir o guia. E, ficou surpreendido ao ouvir Ricky dizer que também tinha alguns companheiros... Puxando do seu colete, o homem sacou um pequeno ratinho albino. Com olhinhos vermelhos e pêlo fofinho.  Ciel rapidamente abriu outro sorriso que ia de bochecha a bochecha. Corado, brilhou ao ter o animalzinho em mãos.

- Olá, Arthur! Eu sou o Ciel!

Com o  camundongo entre as mãos, elevou-o a altura da cabeça e, após se apresentar, tentou dar um beijinho na testa do pequeno animal e, logo depois, o pousar no seu ombro esquerdo.  Ao ver aquele mundo completamente diferente do que estava acostumado, nem podia imaginar que aquilo fosse real. Era como os sonhos que tinha centenas de vezes... a única coisa que ali faltava eram os dois personagens que buscava alcançar...

- Ri-sama... isto é tudo tão incrível! Este país é maravilhoso!  

Mesmo dizendo aquilo que sentia do fundo do coração, sorrindo, os seus olhinhos pareciam encherem-se de água e suas bochechas a ficarem vermelhas. Antes mesmo que elas começassem a escorrer-lhe pelo rosto, Ciel fungou fortemente o nariz, fechando com força os olhos e aliviando aquele sentimento de saudade e desejo que tanto sentia.

- Em Ohara não há bosques tão floridos, nem animais tão fofinhos...

Para disfarçar o quase choro, o garoto rapidamente terminou de falar o que tinha. Iria detestar chorar a frente de alguém, ainda mais num dia tão bonito como aquele. Tudo o que precisava era se acalmar um pouco e se distrair, o que seria fácil, afinal, Arthur parecia ser um animalzinho muito brincalhão e o menino não iria perder a oportunidade de brincar com ele.  A viagem seria longa, mas também agradável.

 Impaciente e energético, correria por entre o tapete de flores, deixando-se cair nelas e fazendo cambalhotas e rodopiando sobre elas.  
 Arrancaria uma flor e jogaria ao "mal-me-quer" com elas, arrancando uma pétala de cada vez.  O cheiro que sentiria seria, muito provavelmente, muito agradável. Um misto de perfume natural e felicidade, cheirava a primavera.  Não era de admirar que, ali deitado no meio de tanta flores, uma joaninha lhe viesse pousar no nariz, o tornando divertido com aquela situação.
 

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Sáb 26 Abr 2014, 2:39 pm

The Journey of a Child!

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Ar úmido e fresco, sensação térmica 23ºc.

A criança deliciava-se com o cenário aprazível e seus seres, era um universo único e lúdico que raramente voltaria a desfrutar com tanta ternura quanto a infância o proporcionava desfrutar, mas não sejamos pessimistas! Oras, o moçoilo ainda tinha muito o que aproveitar e era isto o que fazia naquela relva branda, entre os animais inofensivos e por falar em animais, agora carregava consigo o ratinho de seu guia. O miúdo envergonhado com as carícias acolheu-se numa da faixas brancas que censuravam ou protegiam o abdome de Ciel.

Ricky era um homem que falava bastante na companhia de visitantes, no entanto um bom ouvinte também, e, observador como estava, ficou fitando com um sorriso no canto o desposar de Ciel com a floresta. Por um momento esquecera que o pequeno vinha de Ohara, ilha de arqueólogos e com passado obscuro, talvez mais do que o próprio rapaz escondia sobre sua vida em Hohle, perguntou-se o quão arcaico seu protegido seria capaz de ler e logo teve a reflexão abalada pelo lacrimejar da retina do dito cujo, emocionado com a paisagem mais uma vez. Num gesto solidário, Ricky envolveu seu braço direito pelo menino e o apertou contra si, o soltando logo em seguida para que voltasse a brincar. — Só não se iluda tanto. — Disse por fim.

Arthur soltou-se das faixas e começou a percorrer o gramado, contente, uma hora ou outra trazia algo para brincar. Em certo momento trouxera entre os dentes um pequeno pedaço de galho e o usou como bengala, assim como Ciel havia feito com seu cajado. De fato era um ratinho afoito e não parava quieto, seja pelo corpo da criança ou pelos jardins do lugar.
Cerca de quarenta minutos de caminhada haviam se passado, não mais que exatos dois quilômetros andados, o cenário começava a mudar de forma repentina. Em princípio, os animais deixaram de acompanhá-los, até mesmo Arthur retornou para o bolso no colete do dono. Seguido por aqueles que ao longe cantarolavam, pararam. Ricky assumiu uma expressão séria e em pouco tempo sequer o riacho podia ser ouvido. Muitos metros a frente, os arbustos de camélia chegaram ao seu fim dando lugar para a vasta outra metade da mata, literalmente ao lado deles um trecho com cerca de dois metros era ocupado por água corrente, da qual prosseguia devagar o suficiente para que não pudesse ser ouvida.

Seguiram em linha reta por mais algum tempo, até encontrarem uma placa desgastada e firmada no solo afofado pela grama. Estava coberta por musgo e algumas palavras, em parte, apagadas. "N PROSSIGA", dizia. Ricky segurou a mão de Ciel e continuou, ignorando o aviso contido ali, bem no centro da estrada. O silêncio profano aos dogmas do início agradável estendia-se seja para qualquer lado olhassem e, infelizmente, não tardou para ser quebrado. Um urro de indignação os atingiu, personificado numa ventania. Não era de nada que um dia o menino houvesse conhecido e, na verdade, bem familiar para o guia, que com um dos punhos cerrados procedeu a viagem olhando para o horizonte.




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Sáb 26 Abr 2014, 6:54 pm
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O sol insistia em permanecer forte e viril. O vento não passava de uma leve e húmida brisa que para Ciel, sempre que soprava trazia consigo a serena melodia de um daqueles sinos pequenos que colocamos na janela do quarto em época de verão. Além disso, ao soprar-lhe no rosto como um beijo, o seu corpo arrepiava-se todo de emoção.

O tempo passava bastante rápido na cabeça do menino. Estava muito divertido e a medida que caminhavam, ia brincando com o minúsculo Arthur que por sinal era uma ratazana muito, mas muito inteligente.
Ao te-lo dentro das suas faixas brancas, Hzy não conseguia parar de se contorcer, chorar e rir, tudo ao mesmo tempo.

- AhAHAHAH! P-pará! Arthur, por favor... HaHaHA! Isso faz cócega..s..! AhUHAHS!

Depois de ser cruelmente torturado, Ciel ainda se divertiu ainda mais ao  assistir as imitações do pequeno mimo. Que pelos vistos tinha bastante jeito.

- AHAHA! Pareces eu, Arthur!

De tanto ri, Ciel tinha que abraçar o estômago que lhe começava a doer a medida que se ia rindo. Todavia, nem toda a viagem fora só brincadeira e diversão. Durante alguns segundos algo de impressionante e comovente aconteceu. Apesar de tentar o seu máximo para disfarçar  aquele sentimento que lhe remoía o coração, Ricky acabara por o notar e, como um verdadeiro companheiro, abraçara o garotito contra o seu corpo. A sua vontade era de mais chorar, mas essa vontade rapidamente passou assim que ouvira o conselho do homem.
Mesmo não percebendo bem o que ele queria dizer com não se iludir, aquelas palavras tocaram-no na alma.

 Ainda caminhava aos saltinhos quando a paisagem começou a alterar-se de forma bruta e repentina. De repente, os animais pararam de os seguir e até mesmo o pequenote rato branco fugira das mãos do menino para os bolsos do guia. Ao ver que os animais se afastavam deles e que a paisagem tornava-se mais morta e desértica, Ciel levantou a carinha e direccionou o seu olhar de incompreensão para o guia, mas este levava a sua com uma expressão de seriedade.

Os dois continuaram a caminhada seguindo sempre em frente. Aos poucos, o garoto podia vislumbrar no horizonte um pedaço de madeira que minutos depois mostrou-se ser uma placa velha e desgastada de madeira.

- Ri-Sama... aqui diz para nã....

Antes mesmo que pudesse avisar ao homem, este amarrara sua mão e o puxara para frente, sinal que indicara que os dois iriam continuar viajem, consequentemente do que ditara a placa.  Acompanhado pelo vento um estrondoso rugido lançou os fios de cabelo do garoto para trás, o que o assustara um pouco. Ao juntar todas as peças daquele puzzle, Ciel rapidamente pode supor que aquele local era demasiado perigoso para se estar com a guarda abaixada. Nem por isso retirou o seu Drem Rod das costas ou largou a mão quente e viva de Ricky, mas estava sério também ele, estava pronto para o que quer que fosse aparecer de suspense, ou não...

No fundo, não queria que nada de perigoso acontecesse, sequer conseguia imaginar coisas más e perigosas, mesmo já tendo ele corrido perigo de vida várias vezes em Ohara, ou por causa dos treinamentos que o pai lhe dava quando se lembrava de aparecer... Ou por causa de algumas crianças que dele judiavam por saber ler ... aquilo que nenhuma criança deveria saber.

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Seg 28 Abr 2014, 6:27 pm

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Ar gélido, sensação térmica 22ºc.

Ricky não ignorou o garoto por grosseria, estava tão concentrado que sequer percebeu a tentativa de avisá-lo, mas claramente já era de seu conhecimento o contexto da placa e de outras mais que viriam durante a caminhada de dois dias, este e o próximo inteiros. A ventania que carregou o urro ergueu um pouco sua boina, porém nem mesmo isso atrapalhou seu foco no que estava por vir. Colocou a mão livre no bolso e segundos mais tarde puxou alguns cartões em branco com palavras escritas, revelou um para Ciel, o primeiro do baralho. "Quando começar, esconda-se atrás de uma árvore e só saia quando eu aparecer". Guardou as cartas e permaneceu calado durante o trajeto esfíngico.

Certo ponto desceram uma grande lombada que os levaram a um patamar abaixo da vegetação, a estrada já não era tão estreita, agora cabiam cerca de quinze pessoas uma ao lado da outra, diferente de antes que mal caberiam cinco. A grama fofa e funda não crescera em diversos pontos, expondo dessa forma o solo e o riacho já não os seguia mais, curvou-se mata adentro. Vinte minutos mais tarde, o vento começou a carregar gélidos sopros e a umidade no ar, ao invés de transmitir frescor, poderia causar espirros ao desprotegido corpo de Ciel.

No horizonte daquela rota uma silhueta animal cambaleava, embriagada com uma dança frenética dispersa entre o lúcido e o sádico. O guia parou e aguardou alguns segundos observando o bicho com os punhos esbranquiçados de tanto que já o forçava, olhou para Ciel e naquele jeito implacável conseguiu sorrir com o canto da boca, ainda estava lidando com uma criança, fez um movimento popular indicando "sim" para seu companheiro, provavelmente referindo-se ao que houvera dito através do cartão. Soltou a mão do menino e começou a caminhar sozinho em direção a fera, esta revelava-se uma espécie de hiena e gazela mesclada num só corpo, com presas afiadas e um olhar completamente colorido por um azul fluorescente. Ria sem parar ao passo que ziguezagueava ao fundo, era horripilante assistir seu progresso, e então aquietou-se, ergueu lentamente a cabeça e começou a rosnar alto o suficiente para que daquela distância ouvissem, precisos quarenta e cinco metros.

Considerando que Ciel já estivesse seguro, Ricky flexionou os joelhos e impulsionou-se para o alto atravessando numa velocidade impressionante a copa. A hiena, ou gazela, puxou o ar com a boca aberta, como se o concentra-se na frente do corpo só esperando a aparição do inimigo de outros carnavais, sua espera não durou muito tempo pois logo o homem surgiu acima dela, chutando-a de tal forma que mesmo tentando liberar aquela pressão acumulada acabou por liberar em si mesma e cortou tudo ao seu redor como só o vento poderia ter feito, um estrondo levantou fumaça e abriu um buraco médio na estrada.

Quando toda a poeira abaixou, Ricky segurava a besta por um chifre e acenava para seu companheiro de viagem dentro de um buraco, cerca de três ou seis árvores tombadas a sua volta e um dos chifres na outra mão, quebrado. Finalmente sorria. — Heeeeeeey! Veja garoto! Teremos o que jantar ao anoitecer! — Ria como se alguém lhe houvesse contado uma piada interna e nostálgica.



OBSERVAÇÕES:



Imagem da Besta:



 
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Ter 29 Abr 2014, 1:31 pm
 Perigo Eminente?! Carne de Hiena ao Jantar!

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Por alguma razão desconhecida o ar tornava-se mais gélido e pesado. Isso trazia para Ciel um leve desconforto. O garoto não levava se não algumas peças de roupa, o essencial para cobrir o calor, mas não para protege-lo de temperaturas frias ou de ventos frios. Com a pele dos braços nua, não resistiu a abraçar-se e a esfregar as mãos nos próprios braços, soltando por alguns segundos a mão gigante de Ricky, tentando aquecer-se um pouco. Mesmo não estando tão frio assim, a temperatura parecia ter descaído muito bruscamente para o garotinho.

 Ainda era dia, ainda caminhavam em frente, sem nunca perderem o horizonte de vista. A acompanhá-los, apenas o silêncio se fazia ouvir. O silêncio e a pequena respiração abafada do menino. Começara a ficar um pouquinho cansado. Ainda não suara, verdade. Mas o movimento do seu peito estava mais brusco e num ritmo mais acelerado. Tudo isso devido a caminhada, claro, e também a ansiedade e ao nervosismo. Aquela sensação que lhe corria pelo sangue era sinónimo de perigo. Sabia-o muito bem e a carta branca que Ri-sama lhe mostrara confirmara a sua certeza. "Calma... Ricky-Sama é um homem experiente... Ele não morrerá!" Pensou a pequena criatura. Mesmo tentando disfarçar a sua ansiedade, Ciel acabava por mostrá-la ao brincar com a sua mão e a de Ricky. Estando as duas conectadas, sem querer, o menino brincava com o polegar, esfregando-o na mão do homem.


-
A..A.. ATCHIM!!

Uns passos mais a fundo naquela lombada que haviam descido alguns minutos antes e Ciel espirrara, dando um pequeno saltinho no ar e, por sorte, não deitando nenhum muco inesperado, pelo nariz à fora.
 
 Fechando fortemente os olhos, mas não totalmente, o suficiente para ironicamente, enxergar mais longe do que o habitual, a criança assustada-se. Por momentos ficara pálida, perdera até mesmo o azul cintilante dos olhos e suara um suor frio pela testa ao pescoço quando avistara no longínquo horizonte o vulto terrorífico de parecia vir em sua direcção.
 Parecia-lhe a personificação dos seus pesadelos. A morte em carne e osso. O próprio demónio a zigzaguear de um lado para o outro como se não tivesse forças nas pernas para se manter em pé, ou como se tivesse bebido demasiado rum... Ainda pálido, tentava acalmar-se e cerrar os dentes, mas quanto mais o fazia, mais aquele barulho esquelético do tremer dos dentes se fazia ouvir.

- Ri.. R.. Ricky.. - san?

Assustado, tirou os olhos devagarinho da criatura e os pôs em confronto aos do homem enquanto tentava disser qualquer coisa. "Sim". Esse era o sinal que recebera para se esconder. Com a mão livre da do guia, Ciel estava pronto para fugir... Mas ao ver as costas largas do homem a caminhar na direcção da besta, não conseguiu mexer os pés um milímetro sequer. " N. Não me dig...a...  voc.. você irá enfrentá...-lo.. SOZINHO?" Ciel não poderia permitir aquilo. Cerrou os punhos e preparou-se para avançar em frente e seguir o homem, mas assim que deu o primeiro passo para frente, todo o corpo parou como uma estátua. " O que estás a fazer?! ... Ricky disse-te para esperar... Mas e se ele morrer? Mas o que eu posso fazer para ajudar?... AHg!"
 
[Aventura] Hohle Island?! 2pr74n8

 Desiludido consigo mesmo, cerrou ambos os punhos com toda a sua força, trincando as próprias unhas na carne e os banhando no sangue quente que lhe saia de dentro. Fechou os olhos e virou a cabeça para o lado, em imenso desapontamento com ele mesmo. "Desculpa, Ricky-san! Não vá morrer, por favor!" Virando o corpo para o mesmo lado que tinha virado a cabeça, correu o máximo que pode para de trás de uma árvore. Parou, encaixou o corpo ao tronco e manteve os olhos fechados e as mãos, ainda a sangrarem, apesar de pouco, fechadas uma na outra em concha. Não rezava, pois não tinha conhecimentos para tal. Limitava-se a tentar acalmar o coração enquanto ouvia os irritantes sons que a luta às suas costas fazia. Tinha medo. Não por ele, mas pelo homem. Tal que, quando Ciel vira o homem alegre, com um enorme sorriso no rosto a acenar-lhe de dentro de uma cratera, deixou sair-lhe um grande sorriso, caindo no chão devido ao susto.

Depois de descansar um pouco devido ao susto, levantou-se e desceu o morro que levava-o ao pé do guia. Fora, talvez, um pouco complicado, já que era demasiado inclinado e escorregadio, mas acabara por desce-lo sem se magoar.  Perto do homem, com os ferimentos das unhas já "estancados" pela poeira e pelo pó, riu-se para o homem e perguntou-lhe com ambas as mãos no estômago.

- Ainda bem! Já estava a ficar com alguma fome! O que é o jantar, Ricky-san?

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Qui 01 maio 2014, 6:18 pm

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Frosch and Lector by Yasuharu Takanashi on Grooveshark


Brisa fresca, 28ºc .


Era de amolecer os corações mais insensíveis a preocupação da criança com seu guia, ferira a si mesmo frustrado e até mesmo poderia ter feito preces para zelar a integridade de Ricky, se soubesse como o fazer. Diante disso, era inegável o laço que Ciel tão cedo já possuía com o vigia que inicialmente o recepcionou de maneira hostil, mas agora, tanto quanto, adorava a companhia do miúdo. Com certa cautela conseguiu descer o declive do breve combate, o buraco estava demasiadamente mais iluminado do que o restante do bosque, a ventania abafada pelo ataque cortara a copa acima. Algumas rochas rolaram, ainda traumatizadas pelo impacto, nada que pudesse causar transtorno para nenhum deles, a calmaria podia ser tranquilamente desfrutada a medida que a própria temperatura já alegrava-se trazendo ventos aconchegantes.

Sacudiu a poeira assentada no colete e calça, gracejava exasperado para Ciel com o cadáver em mãos como se aquela houvesse sido a primeira vez que derrotara uma fera do tipo. Com pouca dificuldade o pequenote já estava ali ao seu lado. — Pois bem, costumamos chamá-la de Hiena-Cérbero. Esta por sorte era um filhote e possuía apenas a cabeça central, capaz de rugir ventos cortantes! Quando não se ataca por cima ou pelas laterais é um problema derrotá-las. Se levarmos os despojos das feras que encontrarmos até o nosso destino, lá poderá criar equipamentos encantados e todo tipo de coisa útil. O olho da Hiena, por exemplo, poderá ser usado para fazer com que aparatos iluminem coisas, como uma lanterna. Já seu chifre é capaz de conduzir a temperatura, por isso o frio de antes. — A orbe inteiramente azulada do animal jazia numa coloração bastante semelhante ao do oceano durante noites de verão, seu corpo sem vida agora estava estirado no chão e incrivelmente não era fétido como a aparência podia sugerir e sim exalava um cheiro de cães quando estão molhados, com certeza nem tão incômodo quanto poderia ser. Ao menos cá estava Ricky novamente, falando sem parar e gesticulando as mãos como um maestro coordena sua orquestra.

— Sabe, vamos andando. Temos de caminhar mais dois ou três quilômetros para sair do território desse tipo de fera. — Disse num tom calmo e antes que partisse, abaixou ao lado de seu inimigo e retirou-lhe o olho friamente com alguns itens, aparentemente de médicos, tomou a displicência de impedir que a visão do garoto visse a cena e por fim lá estava a orbe dentro de um frasco transparente térmico com sulfato de condroitina para a conservação da córnea. Colocou o chifre e o pequeno pote dentro da mala e priorizou a saída do amigo primeiro, no ato notara as feridas nas pequeninas mãos. — Ora, perdão Ciel! Está ferido por minha causa. Eu podia jurar que os ventos não iriam te atingir, como fui descuidado! — Imediatamente e delicadamente limpou com um pano umedecido e enrolou uma pequena faixa na palma, lamentando seu erro. — Isso deve bastar, mais uma vez, desculpe! Bom, vá lá! — Dito isso impulsionou-o para fora da cratera, saindo logo em seguida. — Perdão ter calado-me durante o trajeto, ocorre que em certa distância as Hienas-Cérbero podem localizar a presa pelos seus ruídos. Têm ótima audição apesar do faro e visão perturbada. Certa vez vi uma rosnando para uma rocha! Hahahahahhahaha! — Gargalhava esperando que a criança também se divertisse com a situação. Esqueceu completamente de pegar alguma carne do adversário vencido para preparar, no entanto o fato da mochila estar com suprimentos pode ter evitado tal receio. — Oh sim, você disse que estava com fome. Pegue algo em sua mala, tem algumas refeições prontas e biscoitos doces. — A caminhada parecia se estender por aquele mesmo cenário por algumas horas ainda, principalmente agora no passo despreocupado de Ricky. Mesmo a selva ainda estando soturna, o ânimo do guia poderia tornar o passeio confortável.

Tudo permanecia nos conformes: Pequenos gramados tentando conquistar espaço sobre o solo, as árvores de caule e raízes grossas sobre a vegetação, sombreando todo o caminho dando um toque de sonolência para tudo que a visão fosse capaz alisar com admiração e é claro, um caçador tagarela contando suas aventuras ao pequenino. Comentou a respeito da Serpe, répteis enormes que se assemelham aos dragões, estes possuem apenas duas patas e as asas, pele com menos escamas tornando-os "lisos", exaltava o quanto fora difícil derrotar aquele ser desprezível, mas que os equipamentos que conseguiram fazer usando de suas asas eram tão poderosos que ficara com dó de usá-los. Outrora falava de suas peripécias ali por aquela região da floresta, como quando ele e seu grupo de caçadores de recompensa travaram uma guerra com a imensa horda de Salgueiros Lutadores, troncos de árvore com vida própria coléricos e amantes do combate corpo-a-corpo. Contou sobre sua infância na ilha, infernizando diversos líderes de guildas para o aceitarem na taverna ou colocá-lo em expedições, nunca entrou em nenhuma e ficou treinando no começo da floresta, até que cresceu e tornou-se um ótimo caçador, chegou ao cargo de sentinela junto de seu grupo de caça e agora vive tranquilo com sua esposa, mesmo sendo tão jovem, ainda sustentam-se com caçadas, contudo vez ou outra faz favores para Ed e vigia a costa, como era o caso daquele dia. Arthur, o ratinho, naquele instante mostrou-se para fora do bolso e entregou nas mãos do dono uma foto da amada, da qual mostrou a Ciel, em seguida o rato pulou no ombro do novo amigo para brincar.

Esposa de Ricky:


Todas aquelas histórias renderam provavelmente a tarde inteira, e já quando o sol estava se pondo chegaram numa árvore diferente das demais, além de encontrar-se no centro da estrada e toda o solo a partir dela ser aquele gramado amortecedor de antes, ela era maior do que as outras e também a partir dela não só o gramado, como a estrada desaparecia dando lugar para que as árvores fechassem toda a passagem, mais frutífera e verde, algo nela exalava vida. Suas raízes eram grossas e formavam uma toca abaixo do caule, de onde repentinamente saíra uma raposa filhote, pelo amarelo claro, duas peludas caldas, seus olhos azul-esverdeado como o oceano refletindo a luz do dia e em sua testa um símbolo incomum. Deu alguns pulinhos para cima de uma raiz e fez um gesto com a cabeça para que os viajantes a seguissem. — A partir daqui, o trecho é confuso. Ela irá nos ajudar. — Explicou Ricky enquanto caminhava junto de Ciel na direção da raposa, esta sequer fazia questão de esperá-los e seguiu floresta adentro, passando entre os troncos com pressa. Enquanto andava rápido, o homem contava que ele mesmo não sabia muito sobre o animal que os guiava, somente que sempre esteve ali guiando os viajantes com pouca vontade de exercer tal função. Hora ou outra ficavam envolvidos na conversa e eram obrigados a correr se quisessem alcançar a pequena.

Noite amena, 26ºc


Uma hora e meia passaram seguindo a raposinha mal humorada, a noite caiu e o pelo claro do animal reluzia como uma tocha a frente deles. O bosque tornou-se sombrio com junto do céu, sussurros entre os arbustos podiam ser ouvidos, a mata densa impedia o reconhecimento de qualquer criatura que estivesse ao acaso lá longe em suas próprias trilhas. Numa região onde a copa não escondia a abóbada estrelada repleta de nuvens dispersas o novo guia parou e sentou-se no centro daquele cômodo não ocupado por nada além da própria grama. Emanava calor de seu pelo, junto da luminosidade, em pouco tempo deitou enrolada nos próprios rabos e adormeceu. — Devemos descansar até amanhã. Provavelmente não podemos continuar até que a manhã esteja conosco novamente. — A voz de Ricky que não havia perdido o tom nobre nem por um segundo, mesmo ele incansavelmente conversado com o garoto durante todo o trajeto. Retirou da mochila dois sacos de dormir, abriu um deles perto da raposa e acomodou Ciel nele, era quentinho e confortável dentro da cama improvisada, diferente do habitual. Entrou n'outro saco, bocejou e enfim disse suas palavras que encerrariam o primeiro dia. — Boa noite, amigo. —.

Manhã branda, 11h39min, 29ºc

Pillars of Earth by Audiomachine on Grooveshark


Ciel ainda encontrava-se em seu merecido estado de letargia, depois de uma longa caminhada suas curtas pernas estariam doídas, era provável e compreensível, afinal andou corajosamente incontáveis quilômetros. A luz da manhã não estava invasiva sobre seu rosto graças as plumagens celestiais, eram tantas que o sol não poderia observar o que se passava em Hohle, 'inda assim fazia um calor tolerável, mas nem tudo é um mar de rosas. Para Ricky, o dia começou cedo. Acordou no horário que estava acostumado, cerca de oito da matina, e escovou os dentes com o que trouxera na mala. Em respeito a raposa que saltava de galho em galho ao redor deles não caçou. Limitou seu café da manhã aos biscoitos doces e leite quente contido na garrafa térmica. Era um homem preparado, tudo aquilo encontrava-se na mochila, que apesar de pequena fora feita com os despojos de uma caça e estava encantada, cabia cinco vezes o seu tamanho e reduzia incrivelmente o peso. Horas mais tarde foi surpreendido. Começou com alguns tremores ao longe, imaginou que fosse uma fera qualquer, todavia preparou-se para o pior, que no final das contas aconteceu. Três árvores daquela clareira onde se encontravam foram barbaramente derrubadas por um braço enorme, peludo e musculoso, um gorila com cerca de três ou quatro metros revelou-se, sorria para o caçador num gesto convidativo.

Ricky não podia deixar que nada de mal acontecesse ao parceiro, portanto aceitou o desafio dando início a batalha. Talvez quando a criança acordasse contemplaria o final do combate: As árvores ao redor estavam todas derrubadas e esmagadas, ao longe, porém não muito, Ricky estava de costas e a sua frente o primata enfurecido o socava nas laterais, estas protegidas numa pose típica do pugilismo. Seus socos causavam estrondo na defesa do oponente e vendo a resistência deste, partiu para um golpe com ambos os braços. Rapidamente o guia parou ambos os socos com o punho de ambos os braços, usou aquelas enormes mãos como apoio para saltar para trás e chutar o queixo do adversário, tamanho fora o poder que levantara o gorila, no momento que caiu gerou um tremor, contudo, como se fosse dez vezes mais pesado, Ricky estourou o chão abaixo de si quando aterrissou. Naquele instante, ainda de costas para a clareira onde Ciel estaria deitado e a raposa a observar pacientemente, o caçador fora agarrado pela cintura e berrou de dor ao ponto de cuspir sangue no ato. Fazia de tudo para libertar-se, desesperadamente nenhuma tentativa funcionava e quanto mais tempo demorava, mais era espremido pelo inimigo, sem pena alguma caçoava da expressão dolorosa do humano. Da distância em que se encontrava talvez a criança não conseguiria visualizar totalmente, um movimento brusco em direção ao rosto da besta com a mão direita fora o suficiente para ser solto e desmaiar a fera, esta caiu para trás com um enorme "rasgo" na face, como se três enormes garras houvessem lhe atingido.

Caminhando com dificuldade ao encontro de seu companheiro e a raposa, Ricky enfim chegou e deitou no gramado, ofegante. Seu antebraço direito a parte de cima, ao menos, estava camuflada com uma pelagem alaranjada e riscada com listras pretas horizontais, a parte de baixo uma pelagem marfim, a mão transformada numa pata e os dedos em garras negras. Ambos os braços estavam repletos de hematomas e sangue escorria de sua testa, estes seriam os ferimentos a vista. Sentou-se após um longo tempo em silêncio recuperando o folego, seu braço voltou ao normal, não tendo mais a aparência alaranjada. Deu um longo suspiro, espantando toda a exaustão. — Precisamos continuar, no final da tarde iremos chegar ao destino. —.

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Qui 01 maio 2014, 8:54 pm
 Perigo, bestas e um gato fofinho!

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Enquanto descia aquela cratera gigantesca, os seus pés enterravam-se na terra, misturam-se com os destroços causados ao solo e caminhavam por cima de pequeninas pedrinhas. Mesmo assim, mesmo tendo os pezinhos sujos, empoeirados e picados por pedrinhas, o seu olhar permanecia vidrado no horizonte, na imagem do homem com um chifre nas mãos e um sorriso na cara.

 Frente a frente com o guia, também ele se esforçava para rir, mesmo não tendo nenhuma vontade aparente. O seu coração ainda estava demasiado nervoso para se acalmar. Todavia, pouco e pouco foi se apercebendo que aquela preocupação toda fora desnecessária. " Quer dizer que é hábito o Rick-san enfrentar criaturas assim?" Pensou enquanto o seu adulto falava sobre a besta que ali jazia, a mortífera Hiena-Cérbero.

Mais relaxado e curioso, Ciel aproximou-se um pouco mais da criatura morta. Observara com atenção a sua morfologia, as suas curvas, a sua solidez e o seu olhar distante e vazio... Além disso, mesmo o garoto fungando com força, não sentira o cheiro de morto a deixar os poros do animal.. Em vez de morto, o cadáver cheirava a cão molhado, um cheiro a qual lembrou ao pequenote o seu avô.

- Pur... AHSIUAHSU! HA! HAHAHAH! HAHA!

Do nada, desmanchara a sua expressão facial de curiosidade e gargalhara imenso. "  N-- Não sei porque... Mas esse odor lembra-me o vovô ... AHAH!" Pensara enquanto limpara dos olhos algumas lágrimas involuntárias que escorrera devido as gargalhadas. Estava na hora de finalmente deixar aquela cratera. Ricky fizera qualquer coisa a criatura, erguera-se e ajudara a criança a deixar o local.

Com alguma timidez, o garoto deixava o guia tratar-lhe da mão. Estava atento ao acto do adulto que parecia bastante experiente em fazer curativos. Envergonhado com a situação, tentou corrigir o equívoco que Ricky fizera.

- N. Não foi culpa sua Ricky-san... isso... isso fui eu mesmo que fiz...  

Dissera baixinho através de vários gaguejos de timidez e embaraço. Depois de toda aquela confusão estar esclarecida, pelo menos assim pensava o pequenote, estava na hora de lanchar. Agachando-se por uns segundos, tirou a sua mochila das costas e procurou pelos biscoitos que o moreno lhe dissera. Eram redondos e bem crocantes. Ao pôr-los na boca, pareciam que se desfaziam com o tempo. E o sabor...  

De estômago cheio, Ciel voltou a vestir a mochila nas costas e seguiu caminho lado a lado do caçador. Este, agora contava-lhe as diversas aventuras que vivera e as criaturas que combatera. Tudo parecia bastante credível para o minorca até ouvir falar de esposa... Ao ver a fotografia da donzela que seria a suposta noiva de Ricky... Hzy ficara estupefacto. Nunca imaginaria que um homem como Ricky, um aventureiro, pudesse algum dia compartilhar um laço daquele género com alguém.  Estava feliz pelo homem. Afinal, era feliz, tinha uma casa e uma mulher para onde voltar, e isso era bom...


Pouco e pouco a paisagem foi se modificando. O gramado regressou com mais intensidade. O garoto estava pasmado com o tamanho daquelas árvores.. Eram gigantes, mais do que gigantes, eram colossais! As suas raízes pareciam formar túneis.. Perto delas, Ciel não passara de um camundongo.  
Contudo, além das árvores enormes, o garoto também estava feliz por ver outra coisa. Uma pequena e fofinha criatura branca. Assim que ouvira o guia falar, saíra correndo atrás do gatinho... Passou quase a metade toda do caminho a tentar apanhá-lo para lhe fazer carinho, mas a dificuldade do trilho, as poças de lama que foi pisando, os galhos que o acertaram no rosto e a agilidade do felino depressa o fizeram perder a vontade e voltar para junto de Ricky com uma cara emborrada que depressa recuperou.

[Aventura] Hohle Island?! Eulngl

A noite caiu depressa, assim como a temperatura. Fazia bastante frio e o garoto esforçava-se para manter os dentes juntos, sem fazerem ruído devido ao tremelique. Hora de dormir e, como sempre, Ricky retirara da sua mochila dois saco-camas.

- WOOUU!! Como você faz isso, Ricky-san? A sua mochila de certeza que é um desses objectos encantados do qual você me contou!  

Disse ao ser aconchegado pelo adulto na cama que por sinal, estava bem quentinha e cómoda.  

-  Sabe.. quem me dera transformar o Dream Rod num objecto encantado também... Assim eu seria-lhe mais útil ....

Buscando o cajado à mochila e o erguendo no ar, o deixando a visível ao homem, Ciel confessou indirectamente o quanto se sentira inútil ao ver que o homem o tivera que levar por aquele caminho todo, sem contar com a sua ajuda.  Sentia-se um completo fardo.
Durante a noite, já Ricky dormitara e o pequenote ainda estava longe de pregar os olhos. As pequenas perninhas doíam-lhe bastante devido a longa caminhada. Sentia, na zona por de trás do joelho, formigueiros incomodativos e uma ligeira dor nos músculos. Além disso, estava com um pouco de medo. Apesar da noite parecer bem bonita, várias criaturas sussurravam por entre os arbustos e mochos e outras criaturas nocturnas  conversavam em alta voz. Só conseguia pensar na imagens das mil e uma bestas que Ricky enfrentara quando finalmente adormeceu.  

Estava no mundo dos sonhos. Ele o sabia, mas por alguma razão, pela primeira vez em toda a sua curta vida, sonhara um sonho diferente. Estava em Ohara, mais precisamente na sala de estudo da grande árvore da sabedoria. As portas e janelas trancadas. Um livro com figuras estranhas aberto sobre as suas pernas e o avô de costas para ele e de frente para o quadro negro onde escrevia algumas palavras antigas...  Era um sonho saudoso que reflectia um dos seus dias normais em Ohara... isso não fosse a figura incomodativo ao seu lado... Uma espécie de macaco, sentado numa carteira e mastigando uma pastilha... Na secretária do primata, uma cabeça... não uma qualquer, era a cabeça de.. "RICKY-SAN!"  

Ao evidenciar aquele que seria o pior pesadelo que já tivera até hoje, o garoto bruscamente, ficando-se sentado na cama. Todo ele suado, e a manta esborratada pelos punhos cerrados. A sua respiração estava ofegante e o seu olhar vazio. Não podia acreditar naquele sonho. Ia levantar-se e procurar por Rocki-san no saco-cama ao seu lado quando vira o homem sentado ao seu lado. Correra então até o mesmo e o abraçara, envolvendo os braços pela sua cintura, esfregara a sua face lacrimejante no seu tronco e chorara como quem não podia mais.

- Desculpa-me Ricky-San! Desculpa-me! Por minha culpa teve que enfrentar aquela hiena maldita.. e quem sabe que perigos mais terá que enfrentar... Desculpa-me! E..Eu não queria obrigá-lo a isso! Quem me dera que houvesse uma maneira de o recompensar!

 Após toda a choradeira, o garoto erguera finalmente o olhar e encarara os olhos do guia. Conseguia ver o sangue a escorrer-lhe da testa e isso o deixara mais zangado consigo mesmo e preocupado com a saúde do homem.

Ricky-san, a sua testa... Não me diga que...

Ciel quase que podia imaginar o que tivera acontecido. Claro que não suporia que fosse um gorila gigante a machucar o companheiro, mas sabia que o mesmo se machucara a tentar defende-lo de alguma coisa.

[Aventura] Hohle Island?! Nduge9
Status:
Hp: 120/120
Sp: 90/90
Vel: 6 M/s

Objectivos:

Off Game:



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Ficha -- maleficent
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